Longe de casa e a caminho de um velório, num registo de viandante soturno, entro num espaço comercial e decido experimentar um novo pronto-a-comer gourmet de hambúrgueres. Ok, são mais de 200 gramas de carne e ainda um ovo frito a cavalgá-lo freneticamente ao som de um pesado e moroso Bolero de calorias. É claro que após o repasto me senti mal, mas enquanto o comi, senti uma alegria própria de uma criança que encontra um parque infantil no meio do nada. E não me deixei intimidar pelos remorços. Bastou-me mirar as criaturas passantes que, à procura da linha - reparem só na ironia da coisa -, entravam hirtas e confiantes na Casa das Sopas (é assim, não é?). O problema de engordarem até explodirem num regozijo de prazer à moda de La Grande Bouffe não me incomoda. Incomoda-me, sim (!), desconhecerem o simples facto daquelas sopas terem mais farinha do que um camião cisterna pode albergar. Ao menos, e a minha presença estava lá para o comprovar, há ainda indivíduos que comem com a consciência de que estão mesmo a comer merda e não pseudo-não-merda.

9 comentários:
ná tenho tido pachorra nem para comentar, dada a falta de tempo e de disposição para ler blogs, mas agrada-me o novo conceito.
Abraço meu querido Ivan! Vamos falando sempre que nos caçarmos no gmail!
não há nada como um belo bacalhau com todos.
e põe lá a coisa dos anónimos que não tenho muita pachorra pra logue ines e palavrinhas dificeis.
Pronto, pronto, já está *
meu querido netinho, que ias matando a avó do coração!!!
estás todo XPTO, Zorze...
Abraço,
Paulo
Grande Paulo!!! Senhores e senhoras, o Paulo foi, há uns aninhos a minha primeira grande descoberta na blogosfera - é pena teres parado! Abraço!
Anónimo: foi pena!
mau feitio, bolas!
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